terça-feira, 1 de agosto de 2017

Caffeine a explosão de energia que faltava no seu treino!

Os suplementos dietéticos, em sua grande maioria, são constituídos por uma série de estimulantes como erva mate, guaraná, chá verde e outros produtos de origem vegetal que contêm cafeína.
Existem diversos medicamentos registrados na ANVISA tendo a cafeína como um dos princípios ativos, mas o uso aprovado é apenas para potencializar a função de analgésicos. Ao nível da sua constituição, a cafeína é um derivado da metilxantina e as suas propriedades diuréticas, analgésicas, estimulante e relaxadora dos músculos lisos são muito exploradas pela indústria farmacêutica.
Devido a sua estrutura ser semelhante à molécula de adenosina, é capaz de ligar-se a receptores de adenosina na membrana celular e estimular a ação da AMP cíclica (CAMP). O consumo de cafeína pode produzir aumentos no metabolismo energético e alterações na utilização dos substratos energéticos, devido a uma maior participação do sistema nervoso simpático (SNS).

A ingestão de cafeína antes do exercício físico promove melhorias rápidas e significativas no desempenho desportivo. É difícil estimar a dose para o aumento da performance, mas os valores entre 3 a 6 mg/Kg da massa corporal, parecem apresentar resultados de performance semelhantes a doses mais elevadas. Devido a esta observação pode-se concluir que a estimulação oferecida pela ingestão de doses mais elevadas de cafeína não representará nenhum benefício à performance. 

A ingestão de cafeína pode aumentar o gasto energético e pode representar uma estratégia para a redução de peso. O consumo de 300 mg de cafeína aumenta a taxa metabólica de repouso nos 90 minutos seguintes, tanto em indivíduos treinados como em indivíduos sedentários. O consumo de cafeína pode também alterar a oxidação de substratos energéticos. A maior ação do SNS e o aumento concentração celular de CAMP podem provocar a maior utilização de ácidos graxos. Por promover a preservação de glicose e a maior utilização de ácidos graxos como substrato energético preferencial, a ingestão de cafeína parece ser um estímulo que poderá promover o ciclo Glicose-Ácidos Graxos.

O consumo de cafeína parece também afetar a termogênese. Estima-se que o consumo habitual de 600 mg diários de cafeína (o equivalente a 6 cafés pequenos), aumente o gasto energético diário em aproximadamente 100kcal/dia, podendo representar uma estratégia interessante para a perda de peso.


Referências: 

Graham, 2001, Bell &McLellan, 2002).Bell, D. G., &McLellan, T. M. (2002). Exercise endurance 1, 3, and 6 h after caffeine ingestion in caffeine users and nonusers. J ApplPhysiol, 93(4), 1227-1234.

Graham, 2001;Bell &McLellan, 2002;Astorino &Roberson, 2010). Astorino, T. A., &Roberson, D. W. (2010). Efficacy of acute caffeine ingestion for short-term high-intensity exercise performance: a systematic review. J Strength Cond Res, 24(1), 257-265.

Achesonet al., 2004). A taxa metabólica de repouso é um dos parâmetros onde se observa um aumento devido ao consumo de cafeína (LeBlancet al., 1985; Poehlmanet al., 1985).

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